sábado, 4 de junho de 2011

Radiação por celulares classificada em "possivelmente cancerígena"

Ligação Perigosa
por Katherine Harmon
O anúncio da Organização Mundial da Saúde não garante que telefones celulares causem câncer, apenas sugere que não há estudos suficientes para garantir quais são os efeitos causados saúde em longo prazo.

A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) baseou suas conclusões em estudos anteriores em seres humanos, animais e em ensaios de laboratório. O grupo evidencia uma ligação entre o uso de telefone celular e o desenvolvimento de câncer. Mas a ligação não é apenas entre telefones celulares, a exposição à radiofreqência e outras fontes eletromagnéticas, incluindo microondas, radar, televisão podem também favorecer o desenvolvimento tumoral.







Ao longo dos anos, as conclusões sobre os telefones celulares e câncer têm sido muito irregulares. Um estudo em alguns países europeus não encontrou nenhum aumento na ocorrência de câncer no cérebro com o enorme salto no uso de telefones celulares. Um estudo realizado no início desse ano concluiu que as emissões de ondas celulares têm efeito sobre o metabolismo cerebral, Mas como o colunista da SciAm, Michael Shermer, explicou no ano passado, "a física mostra que é praticamente impossível telefones celulares causar algum tipo de câncer."

"Dadas as consequências potenciais para a saúde pública", explica Christopher Wild diretor da IARC, "é importante que pesquisas adicionais sejam realizadas em longo prazo com o uso maciço dos telefones móveis."


http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/ligacao_perigosa.html

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Paraplégico mexe pernas após terapia com células-tronco

02/06/2011 - 11h22

Paraplégico mexe pernas após terapia com células-tronco

GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR

Um paraplégico de 47 anos voltou a ter sensibilidade nas pernas e nos pés e a movimentar os membros inferiores após ser submetido a tratamento experimental à base de células-tronco, na Bahia.
Desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz, o tratamento consiste na retirada de células-tronco adultas do osso da bacia e no reimplante no local da lesão.
O primeiro paciente, um policial militar de Salvador cuja identidade foi preservada, ficou paraplégico há nove anos, após uma queda que traumatizou a coluna na região lombar.
Seis semanas após a implantação de células-tronco adultas no local da lesão, o paciente já voltou a sentir as pernas e os pés.
Ele iniciou fisioterapia para fortalecer os músculos que ficaram muito atrofiados após o longo período de inatividade.
A bióloga Milena Soares, que participa do projeto, é cautelosa ao prever se o paciente voltará a andar um dia.
Segundo ela, isso vai depender, sobretudo, da fisioterapia. "Ele já consegue fazer alguns movimentos com a perna, e os resultados já mostram avanços muito significativos para a qualidade de vida do paciente", diz.
Os pesquisadores afirmam que houve um aumento do controle da bexiga e do esfíncter. Com isso, o paciente ficará livre de cateterismos diários feitos para retirar urina.
"Houve uma resposta muito boa no pós-operatório. Quatro dias depois [da cirurgia], o paciente já demonstrou melhora", diz Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião que integra o grupo.
Nessa fase experimental, que visa atestar a segurança do procedimento, a técnica será aplicada em 20 voluntários. Dois deles receberam as células anteontem e ontem. O próximo fará o procedimento na semana que vem.
Segundo Mendonça, características do pós-operatório verificadas no primeiro paciente, como ausência de dores neuropáticas (característica de lesões neurológicas), se repetiram nos outros dois pacientes.

Arte

 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/924319-paraplegico-mexe-pernas-apos-terapia-com-celulas-tronco.shtml