sexta-feira, 29 de julho de 2011

China derruba teoria Archaeopteryx espécie elo de ligação entre os dinossauros e os pássaros.

Fóssil descoberto na China derruba teoria e sugere que ‘avô dos pássaros’ na evolução era dinossauro

A descoberta de um fóssil na China fez cair por terra uma velha teoria sobre o Archaeopteryx, espécie considerada elo de ligação entre os dinossauros e os pássaros. Segundo o estudo divulgado pela revista Nature, o ancestral das aves faria parte do primeiro grupo.
A razão da reviravolta é um fóssil encontrado na região de Liaoning, na China, batizado de Xiaotingia zhengi. Acredita-se que o animal viveu no período jurássico, entre 145 e 160 milhões de anos atrás. 

Mais bem conservado que o Archaeopteryx, ele revela que apesar das penas, o animal tinha “garras nas pontas de suas patas dianteiras e dentes afiados”.
Segundo a revista, “o Archaeopteryx tem sido colocado na base da árvore de evolução dos pássaros. Ele tem características que o ajudam a ser definido como um pássaro, como braços longos e robustos (equivalente às asas)”.
Porém, análise do Instituto Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequi, liderada pelo cientista Xing Xu, mostrou que o Xiaotingia está mais próximo de dinossauros como o Velociraptor e o Microraptor do que de pássaros primitivos.
Logo, os cientistas chineses classificaram o Xiaotingia no grupo Deinonychosauria, de dinossauros, e não no Avialae, que reúne aves.

 O Archaeopteryx foi classificado como ave após o lançamento de A Origem das Espécies de Darwin

Segundo os chineses, as características que os levaram a fazer a troca foi a constatação de que o Xiaotingia possuia focinho menor e uma expansão da região que fica atrás da cavidade ocular, marcas encontradas no Microraptor, mas não nas aves do grupo Avialae.
Darwin
Descoberto em 1861, pouco tempo depois da publicação de A Origem das Espécies, de Charles Darwin, que revolucionou a paleontologia, o fóssil do Archaeopteryx não demorou para ser classificado como o “elo perdido” entre os pássaros e os dinossauros.
Para o cientista chinês, “ a classificação do Archaeopteryx foi resultado tanto da história quando da escassez de material mostrando a transição de dinossauros para pássaros”.
Para o paleontólogo da Universidade de Ohio Lawrence Witmer, o “Archaeopteryx era considerado uma ave porque tinha penas e nenhum outro tinha. Depois, em outros animais, dedos, mãos e penas passaram a ser descobertos”, diz, explicando a mudança de referencial para considerarem um animal ave ou não.
Para Thomas Holtz, da Universidade de Maryland, ainda não há palavra final sobre o assunto, já que novas descobertas podem levar a outras conclusões.
 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110727_china_dinossauro_ave_mm.shtml

domingo, 24 de julho de 2011

Uma das causas a infertilidade masculina

22/07/2011 - 10h11

Mutação de proteína no esperma pode causar infertilidade

DA EFE

A mutação de um gene de uma proteína que recobre o esperma poderia ser a causa de grande parte dos casos de infertilidade masculina, segundo um estudo publicado na revista "Science Translational Medicine".
O relatório redigido por uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo professor Gary Cherr da Universidade da Califórnia Davis, poderia abrir novos caminhos para resolver os problemas de infertilidade dos casais.
Os cientistas coletaram amostras de DNA nos Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão e África, e descobriram que um quarto dos homens tem um gene defeituoso que afeta a proteína DEFB126. Ela, por sua vez, se encarrega de recobrir a superfície do esperma e o ajuda a penetrar na mucosa do colo do útero da mulher.
Os homens que têm esta variante da proteína DEFB126 não apresentam o Beta Defensina 126, o que dificulta o processo do esperma de nadar através da mucosa e eventualmente unir-se a um óvulo, indicam os cientistas que apontam que esta variação genética "possivelmente é responsável por vários casos de infertilidade sem explicação até o momento".
Ao examinar 500 casais chineses recém-casados, os cientistas descobriram que a falta do Beta Defensina 126 em homens com a mutação DEFB126 diminuiu a fertilidade em 30%.
O professor Associado de Urologia da Universidade da Califórnia Davis e coautor do estudo, Ted Tollner, indicou em comunicado que esse novo descobrimento poderia abrir novas pesquisas para fazer um estudo mais amplo do papel desta mutação na infertilidade.
Tollner assinalou que em comparação com o esperma dos macacos e outros mamíferos, os espermatozóides humanos são em geral de má qualidade, nadam devagar e têm uma alta taxa de células defeituosas.
O professor Cherr assinalou que a questão pode estar relacionada ao fato que nos seres humanos, ao contrário da maioria dos mamíferos, a perpetuação da raça se sustenta em uma relação monogâmica e "a qualidade do esperma simplesmente não importa muito".

Theodore L. Tollner/Reuters
Imagem em microscópio mostra esperma humano de doador que possui somente o gente mutante DEFB126

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/947587-mutacao-de-proteina-no-esperma-pode-causar-infertilidade.shtml

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Comprimido para disfunção erétil com sabor de menta

22/07/2011 - 09h14

Efeito rápido é atrativo de nova pílula para impotência

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE E CIÊNCIA

Um comprimido para disfunção erétil com sabor de menta e que se dissolve na boca acaba de ser lançado no mercado brasileiro.
A nova versão do Levitra (vardenafila), da Bayer, vem em embalagem "discreta", para parecer mais um chiclete do que um remédio.
Sua absorção é mais rápida do que a do comprimido comum. A partir de 15 minutos após o consumo, os efeitos já começam, contra 40 minutos da pílula tradicional.
Em março, a Pfizer, fabricante do Viagra, lançou uma versão mastigável, também com sabor menta, no México. Batizado de Viagra Jet, o comprimido ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
A Eli Lilly, fabricante do Cialis (tadalafila) fez sua investida no ano passado, quando criou uma forma de uso diário do remédio.
Isso dispensa o homem de ter que planejar o ato sexual, porque a ação da droga é constante.

Editoria de arte/folhapress
Segundo o urologista André Cavalcanti, professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do RJ), a ação mais rápida dos comprimidos solúveis e o fato de que eles dispensam o copo de água são vantagens, mas isso não muda a qualidade do efeito para o paciente. "Facilita o acesso e tira a conotação de medicação, o que pode até estimular o uso recreativo. Mas não muda muita coisa. É uma opção de diferenciação da marca frente aos genéricos."
A patente do Viagra, expirada em abril de 2010, permitiu a venda dos genéricos da sildenafila, princípio ativo do remédio.
Segundo Odnir Finotti, presidente da PróGenéricos, há comprimidos hoje vendidos por R$ 5. O Viagra é encontrado por cerca de R$ 12 a unidade nas farmácias.
Finotti diz que a criação de novas versões dos comprimidos é uma tentativa de criar nichos para atrair o consumidor. "Mas o importante é o preço: será que as pessoas vão conseguir pagar?"
USO DIÁRIO
Para o urologista Celso Gromatzky, do Hospital Sírio-Libanês, os remédios solúveis aumentam o conforto dos pacientes, mas foi o lançamento do comprimido de uso diário que mais os ajudou. "Alguns pacientes têm um grau de ansiedade tamanho que não conseguem administrar o uso do comprimido sob demanda [antes da relação sexual]."
O uso diário da tadalafila de 5 mg é seguro, segundo o médico, desde que não haja contraindicação. "Temos experiência de uso dessas drogas com doses mais altas para recuperação de pacientes após cirurgia de próstata."
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/947571-efeito-rapido-e-atrativo-de-nova-pilula-para-impotencia.shtml

sábado, 16 de julho de 2011

Anticorpos que atacam HIV

15/07/2011 - 08h26

Cientistas descobrem anticorpos que atacam HIV

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

As moléculas do sistema imunológico de algumas pessoas que são capazes de neutralizar o HIV têm uma origem comum no DNA, mostra uma nova pesquisa.
A descoberta foi feita por cientistas dos EUA e da Alemanha estudando voluntários que contraíram o vírus, mas não apresentam sintomas da doença.
Desenvolvendo um novo método para identificar anticorpos --proteínas que atacam micróbios invasores no organismo-- os pesquisadores descobriram 576 tipos diferentes dessas moléculas.
E a surpresa: todas elas, apesar de marcadas diferenças, eram extremamente agressivas contra o HIV e tinham origem em apenas dois trechos distintos de DNA.

CDC/Reuters
 Detalhes da estrutura de partículas do vírus HIV, visualizadas com microscopia eletrônica

Já se sabia que alguns anticorpos humanos eram capazes de neutralizar o HIV, mas um estudo sobre o novo achado, publicado hoje na revista "Science", é o primeira a dar uma pista sobre como o sistema imune os fabrica.
"Descobrimos que existe uma certa similaridade entre as respostas imunes de diferentes pessoas, que usam o mesmo anticorpo inicial para produzir os anticorpos que neutralizam o HIV", diz Michel Nussenzweig, brasileiro que trabalha na Universidade Rockefeller, de Nova York, e é coordenador do estudo.
"Achamos isso estranho e interessante, porque as respostas imunes costumam ser muito diversificadas na maioria das pessoas."
Isso era uma barreira para cientistas que pretendiam usar esses anticorpos como inspiração para produzir uma vacina. Sem saber a origem das moléculas, era difícil saber como "provocar" o sistema imunológico da maneira correta para produzi-las.
Agora, além de ter uma pista sobre como o corpo começa a produzir essas moléculas, Nussenzweig e colegas conseguiram determinar melhor como elas são.
Ao analisar com detalhe a estrutura de um dos anticorpos obtidos, viram que ele é capaz de atacar o calcanhar-de-aquiles do vírus: o pedaço da carapaça do HIV que se gruda nas células humanas antes de atacá-las.
Se pesquisadores descobrirem a molécula do vírus que desencadeia a produção desse anticorpo, isso poderia ser traduzido em uma vacina.
"Estamos tentando achar outros anticorpos com essa característica, porque talvez seja preciso mais de um para isso", diz o cientista.
A produção de uma vacina a partir dessa ideia ainda pode estar muitos anos à frente, mas a descoberta anunciada hoje pode ganhar outro tipos de aplicação. Segundo Nussenzweig, usando engenharia genética é possível clonar os superanticorpos para usá-los diretamente como agentes terapêuticos.
"Os anticorpos que identificamos são mais potentes do que os que já eram conhecidos e são muito abrangentes, capazes de reconhecer 90% das linhagens de HIV registradas", diz. "Não sabemos ainda se o uso direto dessas moléculas pode ajudar em terapia para soropositivos, mas é possível que sim."
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/943953-cientistas-descobrem-anticorpos-que-atacam-hiv.shtml